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Todo profissional já deve ter enfrentado, em sua carreira, a chamada “Resistência à mudança”. É difícil lidar com isso. Mas, essa tarefa se torna mais fácil quando entendemos que o ser humano tende ao comodismo (a ciência comprova isso). É o nosso cérebro buscando estabilidade para poupar energia. Instintivamente, resistimos ao novo e buscamos, de todas as formas, manter o estado atual das coisas. Só que há um problema sério nessa história: isso compete contra o nosso desenvolvimento pessoal e profissional.

Quando ficamos mais focados no risco do novo do que no perigo de continuar no atual estado das coisas, o resultado é a estagnação. E, quer queiramos ou não, o mundo e o mercado são darwinianos e prosperam os que mudam e evoluem. Simples assim! Vivemos num mundo de rupturas, de aceleração, de organizações exponenciais e, portanto, precisamos ponderar bem os riscos e os benefícios de arriscar e ir e o de ficar e ser atropelado.

Mas tudo é uma questão de opção, de escolha. Os que me conhecem, sabem que eu adoro Star Treck e, em especial, na temporada II, o episódio “A ira de Khan”. Nele, em determinado momento, o capitão Kirk, depois de oferecer uma rendição honrosa à Khan, para que ele não retorne ao planeta inóspito para onde fora mandado, recebe dele um categórico “não” e, então, ambos fazem referência à uma célebre passagem contida no clássico “O Paraíso Perdido”, (um dos mais importantes poemas épicos da literatura universal) de John Milton: “é melhor reinar no inferno do que servir no paraíso”. Repito: é uma questão de escolha!

Mas, voltando ao assunto da mudança, quando trato disso, seja com alunos ou com profissionais, eu sempre pergunto: por que não mudar? É assertivo ficar, bovinamente, caminhando para onde todos caminham? O que te impede? Eu sempre digo, também: fique atento ao seu modelo mental (mindset, termo mais da moda né ? Viva Carol Dweck). Pondere, constantemente, sobre os rumos do seu projeto pessoal e profissional. Mas, faça a sua escolha e seja feliz com ela.

Também nunca deixo de mencionar o meu querido Fernando Pessoa: “...é o tempo da travessia e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.” Ficar num lugar quentinho e protegido é gostoso, mas, eu acredito e defendo que o mundo é daqueles que ousam... Impossível não terminar esse texto, pensando nos que querem promover mudanças, sem citar, também, a advertência do velho “mestre” Maquiavel (O Príncipe): “Nada é mais difícil de realizar, mais perigoso de conduzir, e de êxito mais duvidoso, do que buscar introduzir uma nova ordem de coisas, pois a mudança, tem como inimigos, todos aqueles que prosperam sob as condições atuais, e, como defensores tíbios, todos aqueles que poderiam se beneficiar dessa nova ordem...”.

Mudar é “pensar fora da caixa”, é “buscar o sim” quando já se tem o não. É ousar, é arriscar, tentar, pois, pelo menos pra mim, é assim que vale a pena viver e, viver com ousadia (que será tema de uma outra conversa) #Vamos juntos.

Prof. Luiz Carlos Jaca
Diretor do Instituto Municipal de Ensino Superior de Bebedouro - "Victório Cardassi" (IMESB).

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